quarta-feira, 28 de setembro de 2011


"Querer não é suficiente pra acontecer. Se quer mesmo, se é essencial para a sua felicidade, corra atrás. Lute com todas as suas forças. Vá até o fim."

terça-feira, 27 de setembro de 2011


Não tenho que explicar pra ninguém o que eu sinto, porque minha vida não diz respeito a ninguém. O que eu faço entre quatro paredes é coisa minha, se eu faço é porque tenho vontade, é porque tenho direito, é porque posso. Meu corpo tem algumas necessidades, e eu sou repleta de vontades. Se eu quero eu faço e depois eu penso nas consequências. Ajo por impulso, faço coisa errada, mas quer saber, não to nem ai, a vida é minha mesmo. Eu faço o que tenho que fazer, não o que os outros esperam que eu faça. Isso não é crime, e muito menos desrespeito, abrir a mente para as coisas da vida. Não vivemos um conto de fadas, temos desejos, e temos que saciá-los, são prazeres da carne, coisas comuns, e normais na vida de qualquer um. Não é errado amar, não é errado demonstrar esse amor. Quando a gente ama, quer abraçar, que ficar com o corpo colado, sentir o cheiro, sentir os toques, saciar cada vontade, cada desejo. Todos que amam querem isso, fazem ou vão fazer. É assim que tem que ser, quebrem essa regra de mundo perfeito, mundo de tudo certinho. Sejamos sinceros, cada um tem o seu desejo, a sua fantasia, pode até esconder, mas cedo ou tarde, a vontade vai ser maior que a razão.

domingo, 25 de setembro de 2011


“E pela janela do meu quarto eu vejo a chuva caindo lá fora. Lentamente vai molhando cada centímetro da paisagem e dando um novo aspecto à ela. O sujo torna-se limpo e opaco ganha brilho. A beleza, a pureza e a vivacidade que só pode ocorrer após uma tempestade. Então paro e reflito. Talvez seja isso que nossas almas precisem. Algo que as limpem, lágrimas que as purifiquem. E mesmo que inconscientemente, sabemos o que fazer; e é quando não conseguimos evitar o choro que nos sufoca até se tornar livre por nossas faces.”

sábado, 24 de setembro de 2011


Ela: Tu é um idiota.
Ele: Linda.
Ela: Não fala comigo, tô com raiva.
Ele: Fica mais linda com raiva.
Ela: Para, me escuta.
Ele: Estou ouvindo amor.
Ela: Chato.
Ele: Linda.
Ela: Para, eu to com raiva, me escuta.
Ele: Me dá um sorriso.
Ela: Não.
Ele: Cadê o sorriso, hein amor?
Ela: (sorri) Idiota.
Ele: Linda.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Li aquelas duras palavras que ao mesmo tempo quebravam com todas as minhas expectativas de uma noite ótima e também faziam as lágrimas caírem intensamente pelo meu rosto. Senti meu coração pesar, havia uma grande dor emocional me consumindo. Que mundo confuso esse, cheio de gente que nada entende. Gente que adora inventar a vida, que mata três dragões todos os dias. Que conta vantagem, que não pede passagem, que mete nariz, boca, e grita dando opiniões. Que se sente feliz vendo a tristeza alheia. Mesmo com minhas neuras, bobices, criancisses, e todos os isses que os meus medos não me deixam negar eu ainda estou aqui. Dando minha cara a tapa, cheia de verdade pra mostrar. Não me entrego aos ratos, não me mato, não me bato, não provoco, não enrolo. E tudo isto, cheia de vontades de verdade. Porque de faltas de vontade, já me acostumo com as de suportar toda esta gente que finge ser, cheias de não-sei-o-quê. Sem ser, sem crêr, sem acrescentar, sem nada ter.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não uma noite qualquer



Passou-se mais uma noite, mas não foi uma noite qualquer, não foi uma noite simples e muito menos uma daquelas que se dorme abraçado no travesseiro, foi uma noite que apesar do frio, foi quente, apesar de tanta gente, só uma me chamou a atenção, entre todas as garotas que eu nunca tinha visto, apenas a que eu já conhecia me chamou atenção, me surpreendeu, me mostrou que eu a conheço bem, e cada vez mais eu a conheço melhor. "Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite", é todo mundo espera alguma coisa, eu esperava, mas não esperava tanto, esperava talvez ficar agarrado a festa toda e depois sumir dando um perdido nos amigos, mas não. Ela me envolveu, eu a chamei pra dar uma volta, no começo foi como eu pensei, sumimos, meus amigos me ligaram dizendo que iam embora, quando voltamos a festa eles aviam indo embora, ela me chamou pra ir a sua casa, já com desejo nos olhos, e eu com os mesmos desejos, as mesmas vontades de tirar seu belo vestido, despentear seu belo cabelo e deixa la ofegante deitada ao meu lado abraçada comigo ate o amanhecer.

Saímos da festa com um puta frio, uma reta que parecia ter passado mais rápido - mas em uma noite comum teria parecido não acabar mais - chegando na casa dela combinamos tudo, de entrar sem fazer barulho e tudo mais, deitamos em sua cama, a envolvi com meu calor e ela me envolveu com seu cheiro, seu aroma que me fez voltar pra casa com um sorriso na cara e nem ligar pra ouvir esporro quando chegasse em casa pela manha. Parecia haver algo mais, um tesão a mais, um sentimento a mais, seus grandes olhos claros e sua bela boca a morder os lábios me mostravam que ela queria tudo o que tenho a dar, tudo que tenho a fazer. Cada gemido, cada palavra, cada gesto me deixava mais louco, com mais vontade de fazer tudo, cada vez mais selvagem e mais arrepiante.

Depois da noite virada, do contado de nossos corpos quentes, de bafos trocados e de tudo mais, nos deitamos abraçado, como se fosse a primeira vez, ela com o mais belo sorriso que tinha a me dar no rosto, me olhava com a pequena mão nos meus peitos, sua pequena perna sobre meu corpo e sua cabeça deitada sobre meu ombro, conforme a manhã vinha o sono chegava,, mas não dava vontade de dormir, ate tentamos, mas o calor do momento era tanto que não tinha como, ela dizia estar muito feliz para dormir, eu não falei o mesmo, mas talvez sentisse o mesmo. O fogo da nossa noite, o tesão e todas as demais sensações o tempo jamais apagara, pode vir a velhice e tudo, mas sempre vai estar dentro de mim, assim como o belo sorriso daquela linda mulher que havia deitado ao meu lado e me mostrado que alguns riscos valem a pena se correr por uma bela aventura.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011



É que uma vez me disseram pra não andar olhando pro chão, porque minha coluna podia acabar ficando torta. Mas, no dia seguinte, disseram pra não levantar tanto os olhos, esquecendo de todo o resto - ou eu poderia viver pisando em buracos e caindo pelas ruas. Me perguntei, então, qual dos dois seria pior. E uma voz baixinha fez questão de me responder: “Oras, isso é óbvio. O certo é sempre misturar a ambos. É como na prática, em questões mais sérias do que dor nas costas ou sangue no joelho. É preciso simplesmente reconhecer seus acertos. Sem falsas modéstias. Mas você também não precisa se tornar uma idiota, chegar ao ponto de achar-se melhor do que os outros. Reconheça e aceite as coisas em que é boa. Mas não esqueça nunca de que existem outras milhares delas em que você é péssima.” Desse dia em diante, ando olhando para o alto, mas deixando que meus olhos caiam constantemente para o chão - para conferir se há mesmo algum buraco, alguma armadilha. E na vida, ando reconhecendo meus talentos - mas sem me esquecer, é claro, daquela minha nota vermelha em Matemática.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Eu só queria ter asas. Quem sabe ser uma borboleta, pousando nas flores mais bonitas, sentindo o vento no rosto, impressionando à todos com minha beleza magnífica, encantando à qualquer um com a mistura de minhas cores. Ou talvez eu pudesse ser um bicho mais feio, sem encanto. Quem sabe galinha, urubu, ou só um pássaro sem cor, sem amor, sem graça. Qualquer coisa pra mim estaria bom - desde que eu soubesse voar, sabe? Desde que eu tivesse asas e pudesse conhecer o mundo por conta própria. Viver sem me preocupar com nada. Desde que eu fosse livre…

domingo, 18 de setembro de 2011

Mais uma noite


Olhou-me profundamente, suspirou, e me puxou para mais perto. Senti um forte calor invadindo meu corpo, e deixei que ele me pegasse com força pela cintura. Em alguns poucos segundos, nossos lábios se uniram, fazendo quase com que nos tornássemos um só - sem nada mais do que um beijo. O fogo que existia em nós dois aumentou. Em poucos instantes depois, estávamos ofegantes, nervosos, ansiosos e animados. Nossas bocas imploravam por mais. Ele beijava minha nuca, descia pelo meu colo, e em seguida voltava a sugar meus lábios, com uma experiência impressionante. Suspirando, apaixonada, eu deixei que ele fizesse o que queria fazer. Até porque meu corpo implorava também pelo seu. De repente, eu não tinha mais nenhum controle de meus sentidos. Só conseguia pensar no fogo que me consumia, e na minha vontade intensa e absoluta de roubá-lo inteiro para mim.

Cravando minhas mãos gélidas em suas costas, pude sentir os ofegos incessantes que tornavam-se - rapidamente - o único barulho ao longo do quarto. Só então, jogando-me sobre a cama, pouco a pouco, seus lábios robustos escorriam pelo meu corpo. Enquanto tocava-me e alternava com carícias violentas, contorci-me sobre a cama e passei a encravar, cada vez mais, meus dedos em suas costas. Puxões, oscilações. Sexo, ofegação. Enquanto eu agarrava teus cabelos e os puxava, ofegando de prazer, ele me olhava, louco, tornando o momento menos selvagem e mais simples. Meu corpo não ligava para demonstrações de afeto naquele momento. Nossos corpos desciam e subiam pela cama, em um ritmo rápido e constante, enquanto gemidos escapavam de minha boca. Às vezes parando um pouco pra me olhar no fundo dos olhos. Isso só tornava o clima ainda mais quente.

Mantendo o ritmo, nossos lábios se uniam, mais e mais uma vez. Em seguida, ele beijava-me o colo e os seios. Delicado, mas em seguida, devastador e quente. Selvagem, mas romântico. Daquele jeito que somente ele conseguia ser. Puxava meus cabelos e eu sentia um arrepio passando por todo o meu corpo.

Em seguida, fechando os olhos, senti-me a mulher mais feliz do mundo. Ele era perfeito - conseguia me fazer sentir única, sem deixar o romantismo de lado. Ele fechou os olhos, deliciado, e, eu com o rosto enfiado no ombro dele, dessa vez, de um jeito apenas carinhoso, dei um beijo na bochecha dele e sentia que aquele momento seria "pra todo o sempre.”

sábado, 17 de setembro de 2011


Dentre todos os conselhos que um dia eu lhe poderia dar, o melhor de todos é um simples verbo, uma simples palavra. Algo que, solto, pode parecer meio sem significado, mas, que, na verdade, esconde dentro de si uma infinidade de ideias e opções. E o conselho é: viva. Viva, apesar e por causa dos problemas. Acredite: Deus só coloca problemas em seu caminho porque na verdade sabe que você pode superá-los. Ame. Ame, com toda a sua alma, com todo o seu coração. Acredite. Acredite que o mundo pode ser melhor, que as coisas podem mudar. Acredite, mas não só nos outros. Acredite principalmente em si mesmo. Sonhe. Sonhos podem se tornar realidade quando menos se espera, basta lutar por eles. Sofra. Sofra, chore, odeie. No fim, cada segundo vai te fazer aprender uma nova lição, cada erro, no fim, se transformará em um acerto. Lembre. Guarde cada momento em sua mente como um álbum guarda dentro de si suas próprias fotos. Sorria com algumas lembranças, chore com outras. Isso só te fará perceber o quanto era bobo e cresceu com o passar dos anos. O quanto acabou evoluindo. Mas o mais importante de tudo é mesmo viver. Porque esse é o único verbo que resume, dentro de si mesmo, o significado de todas essas palavras. Então, viva. Um dia, você olhará pra trás com lágrimas nos olhos e um sorriso no rosto, e perceberá que não era mentira. Você já não é mais o mesmo de antes. Na verdade, é alguém bem melhor.

Eu dizia para mim mesma “é loucura continuar essa história”. E me vinha a vontade de desistir, de não continuar, mas faltava a coragem de larga aquela adrenalina que era te ter em meus braços. Eu repitia dez vezes “é loucura, é loucura…”, mas não há quem resista a uma aventura. Não há quem resista, é como se fosse o fruto proíbido. Uma história sem cobra, sem veneno, a não ser o veneno em te querer. Um vicio. Uma loucura.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011



Não basta não ter atitude, tem que regredir, enfiar a faca mais para dentro, borrar a maquiagem no passar do tempo. Não basta apenas não falar, tem que silenciar toda a rua, esmagar as palavras, desfazer os diálogos. Não basta não olhar, tem que sorrir para outra pessoa, ver e não se interessar, voltar o olhar só para enfeitiçar. Não basta não ligar, tem que encarar o celular, me fazer esperar, desistir de tentar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pra mim, ainda há estrelas no céu


Como hoje foi um dia bonito, não? Gelado, esquisito, mas entre outras formas, bonito. De certo modo, dias gelados se tornaram uma marca registrada do que eu sinto; eu choro ultimamente, e grito, e só eu me vejo.. Sou esquisita, você é pior ainda, já te contei que é o único garoto que me faz sorrir, do modo que eu sorrio. Até hoje. Onze meses te aguentando; não sou sua mãe, não sou obrigada a te aguentar, mas te aguento. Porque eu te amo… Mas isso é história pra boi dormir. Eu chorei, você secou, eu gritei, você calou, eu chamei, você não respondeu. Nós dois, nunca seremos perfeitos um pro outro, porque coisas perfeitas me dão raiva de um certo modo. E teu sorriso… Ah, teu sorriso, hoje, mesmo de costas pude vê-lo, e ouvi-o dizer algo sobre mim; brincando, eu sei, mas gosto de brincadeiras. Meu nome soa tão bonito quando você o fala! Porém, tudo e todos me lembram você, e você, você me olha com aquele olhar de cachorro perdido, caído de mudança, ou eu sei lá o que, e me dá vontade de te levar pra casa, deixar você dormir ao meu lado. Vou te pedir uma coisa, me cuida, já que eu não sei como fazer isso.

domingo, 11 de setembro de 2011


“Nem sempre as coisas acontecem do jeito certo. Você precisa se acostumar com isso.” Ele lhe dizia, olhando dentro daqueles olhos inocentes e pegando em tufos aqueles cabelos castanhos e volumosos. “Eu gosto muito de te tratar assim, menina, como se o mundo fosse belo e como se toda a sua fragilidade e suavidade fossem completamente benéficas. Porém, nem tudo acontece dessa forma. Se eu pudesse, menina, se eu pudesse mesmo, eu te pegaria em meus braços, te seguraria pela cintura, te levaria ao céu e lá construiria a nossa morada. Mas não é assim, a vida. A vida é uma droga, e dói. E a gente sofre. E quanto mais inocente a gente é, piores são as coisas. Mais a gente sofre, sabe?” Ele questionou, ainda perdendo-se na imensidão daqueles olhos. “Sabe, eu gosto tanto desse seu jeitinho bobo. É tão fofo, tão lindo. Mas uma hora a gente é obrigado a crescer.” E ela ouvia, ouvia, ouvia. Decorava e era capaz de ouvir aquela voz por conta própria, pela noite inteira. “Eu amo tudo em você, menino. Essa sua maneira tão sábia de lidar com qualquer assunto. Esse seu sorriso de gente madura. E só você, só você tem esse sorriso de gente madura. Só você consegue me dizer tanto com tão pouco. Só você consegue ser assim, tão distante, tão livre, tão solitário, mas tão meu. E sei lá. Tá vendo? Eu fico muito mais boba do seu lado. Eu preciso demais de você, aqui, pra olhar nesses meus olhos tristes com essa sua carinha de apaixonado. Eu amo essa sua carinha também, sabe? Mais do que tudo nesse mundo.” Ela riu, beijando-lhe as pálpebras que agora se fechavam, como que se pudessem ouvi-la declarando-lhe todo o amor que sentia. Ela fazia com que suas pálpebras ouvissem. Transformava o impossível em comum. E ele adorava isso nela. E adorava qualquer coisa naquela menina. E sorria, sorria daquele jeito maduro e tão dele. Mas tão dela. “Eu amo essa sua ingenuidade, suas bobeiras, seu jeito manso de falar, seu jeito bonito de andar rebolando. Eu te amo por inteira. Tão bobo, tão simples. Mas eu te amo assim mesmo. Que droga. Você me torna piegas. E quase tão ingênuo quanto você. Não resisto à esse seu charme.” E ela concordou, ainda rindo, sedutora, tomando-lhe os lábios com uma sede que não cessava. E uma vozinha baixinha ainda ecoava-lhe na mente, em resposta à observação dele. “É…. o amor costuma fazer isso com as pessoas.”

sábado, 10 de setembro de 2011

Carta para Alice


Você estava entediada menina, sentada sob uma grande árvore em um dia quente. Cheia de delírios é você, menina Alice. Mas seus delírios revelam-se verdades incontestáveis em meu coração. Foi em uma tarde dessas, de brisa calma e sol forte que avistei passando por ali um coelho com bolso de colete e relógio para tirar de lá. Coelho emburrado ainda que doce, resmungando sobre o tempo que passava depressa. Passei depressa também, minha doce Alice, e cai em seu país das maravilhas. Segui os passados das suas sapatilhas e os rastros de pano abandonados pelo teu vestido de cor azul. Em uma bela tarde parei junto ao chapeleiro para tomar um bom chá, acompanhado por tortas de morango. Encontrei a lagarta em uma viela escura, ainda com seu narguilé na boca questionando-me sobre quem sou. Você mesma, Alice, não sabia quem era você. Também sinto tal receio de não ser capaz de me explicar, doce menina. Lembra de quem você era pela manhã, e já perdeu o senso, o coração e a cabeça ao passar do dia. Perdi a mim também dentre as mudanças, menina. Perdi e já nem sei quem sou mais, só lembro de quem fui. Mas continuo acompanhando seus passos, mesmo quando estes me fazem sentir coisas esquisitas. Você avistou aquele frasco contendo um líquido, e o provou. Ficou pequena, tão pequenina. Ainda com o coração grande. Provou daquele bolo que estava sobre a mesa, e cresceu repetindo “Para cima ou para baixo?” Para cima, doce Alice. Para cima e para frente. Deixa para trás o mar feito com suas lágrimas, e vamos em frente. Desvendando seu país, e lutando contra toda a maldade da rainha de copas. Aprendi a ser menina pequena de coração grande junto ao seu vestido azul, pequenina. Quero assim como você, fazer algo de útil com a minha tão simples vida. Ainda temos tantas aventuras pela frente nesse mundo esquisito. Ou melhor, esquisitíssimo. Então, pequena, encontre-me junto ao Chapeleiro, prepararei uma torta de cereja, e servirei o chá. Ás quatro horas, por favor, menina, não deixe que o Gato a atrase com seus atalhos perdidos. E venha com a resposta, pois ando curiosa para saber: Qual a diferença entre um corvo e uma escrivaninha?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fiction



“Toda vez que uma coisa desse tipo acontece…” “Já sei, já sei. Toda vez que alguma coisa desse tipo acontece, você sente seu coração mais fraquinho.” “É. Sinto mesmo. Sei lá, sabe quando parece que tá doendo, e de repente começa a bater mais devagarinho?” “Sei, sei.” ”De repente parece até que vai parar de bater de vez.” “Parece mesmo. Parece que nunca mais vai ser o mesmo.” “E talvez nunca seja o mesmo, sabe, menino? Talvez a cada surpresa, a gente vá ficando com o coração mais fraco.” “Mais idoso?” “É, é… Tô virando idosa.” “Sabe… Acho tão engraçado tudo isso.” “Eu já acho bonito.” “Bonito? Talvez, mas mais idoso.” “Idoso é bonito.” “Bonito é a experiência de vida, e não a velhice.” “Que seja.” “Que seja?” “Tá me dizendo que um sorriso aberto é a mesma coisa que um de canto de boca?” “Não, não, de forma alguma.” “De forma alguma?” “É, de forma alguma. Qual é o problema disso?” “Nenhum.” “Tem certeza?” “Ué, tenho, tenho certeza absoluta.” “Pleonasmo.” “Depois sou eu que vejo problema em tudo. O problema todo é teu.” “O problema sou eu, que vou só ficando mais velha ao invés de experiente.” “Vai ficando é maluca.” “E você carrancudo e sério. Um velho, mesmo.” “E você tagarela!” “Tá discutindo comigo, mesmo?” “Tô nada, você que começou.” “Sua velha gagá.” “Seu velho.”

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Depois daquele suspiro uma lágrima queria cair de meu rosto, porém não deixei. Abri um sorriso para convencer-me que eu preciso ir em frente, apenas em frente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Caindo, mas sempre levantando



A gente cai, levanta. Esfrega o rosto com as mãos e enxuga as lágrimas. Respira fundo, fecha os olhos, acalma o coração. A gente continua. Guardas os medos em um baú velho. Descobre dentro de si uma coragem surreal. Bate nas pernas, e sente-as. Enche o peito de fé, força, esperança e coragem. Continuamos andando, continuamos trilhando, mesmo quando sentimos dores em partes do nosso corpo que nem sabíamos que existiam. Deixa as lágrimas para as noites frias, e para os cobertores. Enquanto estiver de pé, vai à luta. Enfrenta. De cara limpa, e coração aberto. Livre de qualquer tipo de prisão, com as correntes jogadas de lado, e pernas livres para caminhar. É tudo uma questão de acreditar. De olhar. Fitar sempre o horizonte, e acreditar nos dias ensolarados. Encher os pulmões de ar e seguir em frente. Não há como voltar atrás, mas sempre existirá a chance de um novo recomeço. Dessas chances a vida é cheia, e nos banha com elas. Somos nós que por vezes, cegos pelo medo de tentar mais uma vez, as deixamos passar junto com a brisa do outono. Então quando o mundo bater em sua porta, deixe-o entrar. Deixe que venham as dores, os medos, os anseios. Mas vêm também as alegrias, as doses de fé e força. Esta manhã cai e chorei. Chorei por ter lutado tanto e ter que enxergar todo o meu esforço indo caminho ao ralo. Mas levantei. Levantei, enxuguei as lágrimas e olhei para frente, para o novo começo. Recomeçar jamais será uma tarefa fácil, mas também não me dou ao luxo de desfrutar das desistências. Meus caminhos abrem-se a todo instante. Estradas novas, novas possibilidades. Caminho, luto, sinto e acredito. Da fé faço meu combustível, dos sonhos faço molde para os meus horizontes. Verás um dia que serei do mundo todo. Verás que depois de tamanhas quedas e tombos, depois de tantos joelhos ralados, conseguirei. Sei que posso, sei que sou capaz. A vida me vem com socos em meu estômago e eu lhe ofereço das minhas flores. Continuarei a colorir, e a tentar. Quando falhar lembrarei que fui ousada e corajosa o suficiente para arriscar. Vou sobrevivendo e em meios intervalos me entrego a vida. Vivo dos riscos, das novas chances. Vivo de um horizonte que se afasta cada vez mais enquanto caminho. E que se afaste cada vez mais, que torne-se inalcançável. Vou colhendo os frutos dos meus sonhos, andando nas nuvens. O mais importante é continuar a trilhar, continuar a acreditar. No final da jornada olharei para trás com olhos cheios de rugas. Dessas que me contarão como fui menina sonhadora, como acreditei. Os ventos confirmarão a veracidade da minha fé. Encontrei meu lugar entre as estradas desse mundo de gigantes.

domingo, 4 de setembro de 2011


Eu fico constrangida com elogios, simplesmente porque não concordo com nenhum deles. Tenho medo das primeiras impressões, embora ache que não são elas que ficam, me sinto uma criança e vivo a vida como tal. Ah, e não levo as coisas à sério, sempre dou risada de tudo. É muito difícil você me ver quieta, então, quando eu estiver, pode ter certeza que tem algo de muito errado. Se sou magoada, não falo, se me fizeram mal, também não. Comigo é tudo ou nada, mas eu mesma, sou meio termo.

As coisas certas acontecem no tempo certo, no tempo que tem que acontecer, e não importa o quanto demore. Se for pra acontecer, você poderá esperar até o final de sua vida e, por mais que doa, você colocará um sorriso no rosto e esperará. Se for pra acontecer, não se preocupe, vai acontecer.

sábado, 3 de setembro de 2011


Só que acima de tudo eu ainda sou uma garotinha assustada que se esconde na barra da saia da vó e chora rios de lágrimas quando apagam as luzes. Só que acima de tudo eu também sou uma mulher decidida que se sustenta de sentimentos e compra alegrias num barzinho duma esquina qualquer. Em meio a tudo, eu ainda sou super heroína e fico um tempo enorme tentando me salvar dos vilões. E abaixo de tudo, eu ainda arranjo tempo pra ser como uma borboleta: Frágil, pequena, e cheia de metamorfoses.

As luzes que escapam pela janela se infiltram em minha pele. Fecho os olhos, sentindo a esperança trazida pelo calor. Sonhando com dias melhores. O céu nublado anuncia que os tempos hoje não são os melhores, mas, por outro lado, o brilho de um Sol escondido por entre as nuvens deixa claro que ainda existem sonhos e desejos que talvez um dia se concretizem. E as luzes que escapam da janela e iluminam o meu quarto e o meu corpo mostram que ainda posso acreditar em dias ensolarados. Em uma alma mais quente, mas menos dolorida. O sol que ainda existe me deixa uma mensagem clara: acredita, menina, acredita e não deixa que o frio iniba o calor mais bonito que existe aí dentro. Acredita.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Deixa eu deitar no teu ombro e reclamar que a vida é chata, que as pessoas são chatas, que nada tem graça, e que você faz falta, deixa?


Ela: Incrível é essa sua capacidade de me fazer rir por qualquer besteira. Mesmo quando estou brava, irritada, querendo que você suma, você consegue me fazer sorrir. É esse seu jeito bobo, jeito de menino. O que você pensa, hem? Porque francamente, se você acha que vai conseguir me conquistar me fazendo rir até doer a barriga… está coberto de razão.

Ele: Eu amo seu sorriso, seu jeito quando fica sem graça e querendo disfarçar e quando sente ciúmes, a minha vontade é agarrar você e te encher de cócegas. Você é a minha pequena e eu adoro quando você faz bico, mesmo sendo de propósito só pra me deixar com uma cara de bobo encantado por você. Sei lá, não consigo muito explicar, mas sinto uma felicidade enorme aqui dentro, não tem como não se apaixonar por você.


Não se preocupe. O que tiver de acontecer, vai acontecer. Talvez não do jeito que você queira, mas do jeito que Deus achar que é certo.

Dizem que a desgraça alheia é sempre mais atraente aos nossos sarros e risos, mas no meu caso é o contrário. Sério, chego a gargalhar ao perceber quão burras são as escolhas do meu coração. Ele nunca opta pelo fácil, certo, provável, direito. Ele sempre escolhe os piores caminhos, aqueles que de longe se enxeram as lágrimas que ainda virão, sabe? Pois é. O difícil me atrai e a barreiras me chamam, é como se eu fosse um ímã para problemas, ou como se eu quisesse provar algo pra mim mesma. Talvez eu só queira ver que sou capaz de superar qualquer coisa, não importa a dimensão da dificuldade, sei que consigo, é só querer.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011



Quando eu peço pra você se cuidar, se cuida mesmo, viu? Se cuida muito, se cuida mesmo, porque eu realmente não consigo imaginar a minha vida sem você!

Porque o difícil me agrada, o impossível me ama e rir na cara do perigo é uma das melhores atividades para mim. É porque sou errada meu amor, sempre serei, e sabe, gosto de ser assim.